segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Quero.

Quero ser fatal.
Só se isso significar destinado ou destinador.
Aliás.. quero ser mais que fatal!
Quero cumprir o meu destino mais do que posso!
Porque hei-de eu ser fogo se posso só aquecer?
Quero arder, consumir-me e desaparecer.
Quero deixar cinzas e quero reacender.
Quero arder no peito das pessoas.
Quero unir e separar.
Quero ser o destino..
Quero ser determinado por seja o que for e quero cumprir.
Quero narrar e ser narrado.

É esta ânsia nada nervosa, nada passional, mas ardente, que me move. Por isto quero ser fogo que separa, une e mantém. Quero ser a acção e a passividade. Quero ser triplo e dual, mas Uno, mais que tudo.

Quero ser Uno.

Quero ser o destino que se cumpre e quero ser quem o cumpre.
Quero arder sem ser visto e ter a certeza de arder.

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