domingo, 25 de abril de 2010

Aryesh

Aryesh. Assim se chama (ou assim se apresentou). Descobri que tem nome de cavalheiro. É o unicórnio mais sereno que ouvi falar. Não o conheço bem, confesso, mas sei que vive dentro de mim. Por vezes, fala por mim; ou por este meu outro eu. Mais que branco ou prateado, é quase vítreo.
Como o amo sem o poder ver.. Não me fala, mas sei que existe. Ele alerta-me no caminho. Ele deixa as migalhas de pão sempre evidentes, mas longe do meu olhar; Ensina-me sobre respostas simples. São as mais correctas.
Não sei se sou curado pelo toque do seu marfim ou se a sua presença é suficiente.
É Amor platónico e Amor universal, porque pareço conseguir vê-lo reflectido em todas as coisas.
É o melhor mestre. Cortês e tímido, nada mostra que não valha a pena absoluta.
Mais que a mim, amo-o a ele que me faz amar-me e respeitar-me até que o infinitamente longínquo Caos me desintegre.

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